quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Estou especialmente cansada. Percebi que o desgaste emocional tem sido demasiado, e que as portas que eu achava que tinha aberto no mundo, na verdade, são meras ilusões de ótica. Comecei a perceber, eu diria que finalmente, que nada vem sem um esforço muito grande, e que esse claro, só acontece depois de milhares de surtos, choros e pontapés.
É extremamente frustrante, ter que encarar uma crise nova a cada passo que precisa ser dado, não há psicológico que resista, e com certeza não há mente que saia sã.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Decidimos nos expor, compartilhar nossos medos, solidões e tristezas. Decidimos abrir ao mundo nosso ponto fraco, esse mundo. Esse mesmo que passa a mão na tua cabeça, dizendo que sim, você pode ter esse sentimento, mas que na verdade te esfaqueia por ele. Esse que te da duas opções, ou te encaixas, ou és ridicularizado. Que por pensar diferente, te faz único, te faz crítico, te faz forte na tristeza, te faz crescer com chutes, socos e pontapés; de forma figura, ou não. Te transforma em uma pessoa que precisa desesperadamente se construir, em cima de cicatrizes, pras pessoas dizerem que és forte, mas um força que preferias não ter desenvolvido.
É difícil achar uma forma de se encaixar, até perceber que se te encaixares, deixarás de lado quem tu és, e todo aprendizado, todo auto conhecimento, tudo aquilo que tu construiu, será perdido, em uma vida vazia de consumo. Esse mundo, que te julga por cor e credo, te transforma em um robô que trabalha por coisas que não precisa, pra agradar pessoas que não conhece. Esse mundo, essa sociedade, esse estilo, essa bosta toda, começa e termina com a gente. Não é possível não perceber o quanto a vida é desperdiçada, tentando se enquadrar num modelo falido, que destrói tudo que vê pela frente e prefere que tu te rendas a remédio e não a uma reflexão. Caímos naquela velha desculpa, de que somente comigo a mudança não acontece, baita covardia.
Tens certeza que vais deixar que te digam o que fazer com a tua vida? Ela é única, singular e somente sua. Usam a desculpa que a sociedade funciona assim, e que de alguma forma e em algum momento você  precisará se adaptar ao sistema. Sim, aquele sistema que te reprimiu a tua vida inteira, por tu não te encaixares nos padrões, aquele mesmo, que tu criticas até não poder mais, mas estás inserido. A culpa é tua, por justificar tuas decisões de vida num modelo de sociedade que não te faz feliz.
Mas vamos pensar, então, o que é felicidade? Vai de cada pessoa descobrir o que mais agrada e te da prazer. Não, ter coisas e poder desfilar com elas não é felicidade, sentir-se superior a outras pessoas, não, não é felicidade. Isso só mostra que você nunca pode aproveitar sua vida ao ponto de saber o que te faz feliz. Só mostra que você esta baseando todo seu conceito de felicidade em outras pessoas e não em ti mesmo. Nos leva a acreditar, que pra ser feliz, você precisa fazer algo que, na sua concepção absurda, porém clássica de vida, você se sentirá bem mostrando pra outras pessoas que você tem algo que elas não tem. Um sentimento mesquinho, barato (com o perdão da palavra, aos que pagam caro por esse estilo de vida) e extremamente vazio.

sábado, 7 de novembro de 2015

Depois de um determinado tempo pensando, faz cada vez mais sentido, que cada buraco que eu resolvi "me enfiar" foi eu que cavei, prevendo minhas futuras decepções, que nesse caso, eu mesmo causei. É extremamente frustrante perceber que se sabotar é uma atividade recorrente minha. Apesar da idade, apesar da experiência, apesar dos pesares.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Era como um sonho, tudo acontecendo de novo. Eu falhando, hesitando, as palavras presas na garganta. Parecia que mesmo com todos os anos passados, todas as lições, todos os aprendizados da vida, a escolha que melhor se encaixava era sempre aquela mesma de fugir, de parar, de se esconder. Aquela mais dolorosa, que de alguma forma nunca entendi, porque sempre buscar o escapismo mais fácil, mas a escolha mais triste, aquela que futuramente pode ser uma decepção sem tamanho, que talvez eu nunca me perdoe. Anda difícil ser eu, cada dia lutando com essa falta de tato, com o não saber lidar com as situações, com aquela brilhante forma de mostrar quem sou, e não ser aceita. Malditos escapimos, que de mim me tornam pior. Mesmo sempre tentando buscar o melhor, da primeira decepção, a fuga é o que parece o sensato, sempre pareceu. É muito medo, de me decepcionar, decepcionar pessoas que nem sabem quem eu sou de verdade.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Acordei com o inferno nos olhos, sem saber como viveria mais um dia. Contei os passos, anotei as curvas, desviei do piso quebrado. Eu vi por entre os dedos, por entre a tristeza que me consome nesses dias, uma bela flor que desabrochava perdida, cansada, desanimada. Entendi uma flor, me identifiquei, olhei suas cores meio cinzas e chorei...

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Acordo todo dia pensando qual o sentido disso tudo. Não tem um dia que as minhas perguntas cotidianas não me assombrem. Não existe, no meu mundo, um dia que o conformismo não venha como escolha mais fácil. Todos os dias eu travo uma batalha interior em busca do melhor pra mim. Cada vez que a paz me alucina, eu estremeço, eu caiu. Não tem naqueles olhos brilhantes porto seguro, não tem nas palavras bonitas, o que faça o mundo menos assustador. Um mundo cheio de nãos, é pouco sentido, pra tanto viver.

terça-feira, 24 de março de 2015

Imagina se eu te contasse sobre a minha vida, se a gente discutisse sobre o que achamos certo e errado. Caíssemos em gargalhadas comparando situações da nossa adolescência. Chorássemos com as decepções e com os planos que fracassaram. Imagina, viver essa vida baseada em troca, em experiências, em tentar sempre seguir em frente, juntando os cacos. Imagina transformar em família aqueles que nos fazem bem e acabam se tornando as pessoas mais importante nas nossas vidas. Imagina, se eu quisesse menos, pela pensamento utópico que nos invade, pela insegurança. Tão bom imaginar, melhor mesmo, só viver.

quarta-feira, 18 de março de 2015

A dor e suas vertentes, que escoam , vazam e transbordam no meu coração maltratado. Passado aquele velho dilema: será que vale a pena? Deixo-me fluir e entrego meu sofrido coração, novamente. Aquele velho pensamento utópico me vem "em algum momento, tudo vai dar certo e você nem vai perceber". E o se entregar de um novo amor, pode ser o se jogar num novo abismo. Cada fim vem sempre com um sofrimento diferente, mas uma mesma lição: não desiste, não!

quinta-feira, 5 de março de 2015

Fomos quebrados em pequenos pedacinhos de angustia. Eramos expectativas, eramos vontade, altruísmo e amor. Agora somos decepção, pequenos pedacinhos do que um dia já foi algo que nos orgulhávamos. Estávamos preparados pro que viesse, só nos recusamos a acreditar, que a parte mais incompleta e triste das pessoas cantasse uma canção tão melancólica nesse fim de verão.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Com o tempo passando, as crises vão mudando, é o amadurecimento, ou o que pensamos que ele seja. O que seria da pessoa crescida, sem uma crise nova pra resolver? Ou várias. O que nos espera, nunca sabemos, aquele palpite de dois, cinco, dez anos atrás vai se tornando risório. O que seria de nós sem essa perspectiva? Importante é sempre manter uma, e tentar visualizar o que é importante, o que queremos pra gente, que tipo de pessoa quero e venho me tornando.