quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Sabe a sensação de vazio que só uma madrugada fria e triste pode trazer? A sensação de que por mais que exista esforço, as coisas não estão saindo como o planejado. Que o estudo não esta saindo, suas relações inter e intrapessoais estão comprometidas. Que simplesmente do nada, ao acordar, ou ao não dormir, percebe-se que esta tudo fodido de novo. Aquela vontade de fumar, que seja um baseado. Insonia característica de quem não consegue estudar e tem prova no outro dia de manhã. Dores no corpo, contradição e o sentido se perdendo no meio das palavras. Junto vem aquela sensação conhecida, TPM, acho que ta começando, não existir deveria ser uma opção para os próximos dias.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

E o mundo já pode voltar a ser colorido, como nunca deveria ter deixado de ser.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

As vezes acordar de bom humor é tudo. Não sonhar, acordar limpa, relaxada e renovada. É tudo.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Se as palavras me faltam, nesse momento é porque a vontade de falar é inexistente.

domingo, 26 de agosto de 2012

No fim, ela me ofereceu um engov, e eu fui embora.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Cada dia parece pior que o anterior, parece que a nuvem preta que fica em mim, em vez de ir se desmanchando vai me consumindo. Se eu tento segurar as lágrimas um dia, elas vem com maior intensidade no dia seguinte. Se o sono me vem com facilidade, é porque eu consegui desmaiar, e como é bom quando eu consigo. Sempre tem aquela estória de que dias melhores virão, mas é impossível visualizá-los quando o foco ta invertido.
Uma pessoa como eu, tenta sempre achar a lógica e uma saída plausível pra qualquer problema. Mas sabe, quando só de pensar no assunto as lágrimas caem, assim como o mundo inteiro cai ao redor? O maior problema é evitar os problemas, mesmo que seja essa a solução temporária, inevitável e deplorável. Lamentável, porque o problema seguinte é conseguir conviver consigo mesma, fugindo. E sempre fugindo, tudo se repete e fica pior e pior.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Quero ver você dormir depois de três "porradas" no mesmo dia. Não dorme por uma semana.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Desmontei meus sonhos curtos, para poder pensar sem visualizá-los, ter uma outra visão do que pode ser a minha vida num breve período de tempo. Quanto mais divago dessa forma, mais percebo que sempre vou estar sozinha, sempre vai ser mais difícil, e vai ser como se eu sempre estivesse sozinha, porque a verdade é que eu sempre estive.
Mania chata essa, de escrever sobre pessoas e sobre como é preciso aprender a ficar sozinha, pra conseguir ter um relacionamento, mas é bem isso, acho que um dia eu aprendo, dessa maneira dura, um jeito Karina insuportável de ser, de tentar aprender.
Mas como eu sempre digo, e sempre vou dizer, pelo menos, eu tento aprender, e tento o tempo todo.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Tem uma cidade que eu visito nos meus sonhos. Uma cidade feita pra mim, feita por mim, inconscientemente. Essa cidade, não vou falar muito pois é algo extremamente privado, é o lugar perfeito pra viver. Nessa cidade as pessoas são perfeitas, elas não tem rosto, elas são só amor, e a cada dia me apaixono de novo por todo mundo. Cada dia em que eu sonho com essa cidade eu acordo disposta e feliz, gostaria de voltar lá todos os dias dos quais eu sonho, todas as horas do meu sono. E eu falo dessa cidade muito pouco, talvez seja porque prefiro ela á minha realidade, então é melhor não lembrar muito. Gostaria de que quando eu morresse eu vivesse lá, vivesse de amor, pra sempre. Mas quando eu morrer, eu morri, não vou viver, morar ou qualquer coisa. Se eu pudesse escolher, eu iria morar lá, como eu não posso, continuo sonhando.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Sonhei com amor, com o despertar de algo em mim que se esconde, mas que na verdade quer reconhecimento. Guardo tão pra mim, trago tão junto, que já não consigo mais doar de forma como os livros descrevem, aquela inocência e esperança de que vai ser lindo, e que vai finalizar com o "e viveram felizes para sempre". Imagino que o tempo é que me coloca nessa situação, de ter e não poder doar, depois de muito receber e nada ter para oferecer.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Agradeço ao tempo, o que o tempo me fez, e o que o tempo me faz. Olho pra frente com a esperança de que o tempo me siga, que o tempo me fixe. Com os olhos do tempo, vejo o tempo que perdi e o tempo que ganhei. Com os olhos do tempo, não vejo em qual tempo me perdi, em qual momento deixei de olhar. Vejo com o tempo, o que ganhei, o que esqueci, o tempo muda tanto, que de tempos em tempos olho de novo o tempo, com os olhos do tempo, pra ver como o tempo mudou pra mim e pro próprio tempo.

terça-feira, 17 de julho de 2012

O colorido de antes se foi. Demorei a perceber, o cinza estava me enganando, juntando preto e branco, tentando obter um vermelho. Cai em armadilhas criadas pela minha mente, que me jogaram num lugar que eu desconheço, que é hostil demais para eu poder viver.
Desconecto-me então do mundo em busca de algo que me traga as cores novamente, não sei quando volto, não sei se quero voltar. Só preciso das cores novamente, mesmo que em tonalidades diferentes daquelas previamente conhecidas. Preciso sobretudo de um chão, de um calçado forte e de vontade de viver.

domingo, 8 de julho de 2012

Acho que uma das piores sensações que existem, é você tomar aqueles remédios fortes pra dormir e acordar depois de cinco horas pensando: "é isso? acabou?" e o "sono" simplesmente não existe mais.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Não importa mais o que passou, importa o que esta por vir.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Imagino que a frustração seja um dos piores sentimentos que podemos sentir por alguém. Vivendo, sempre cheguei a clássica conclusão de que não devo criar expectativas em relação a ninguém, e vivendo, aprendi que isso nunca é colocado em prática. Conforme gostamos de alguém, nossos sentimentos vão ficando mais sensíveis, e caso não correspondidos, vem a frustração, aquele sentimento de que tudo que vivi, não valeu de nada, pois o aprendizado parece não ter sido colocado em prática. Tratando´se de sentimentos, por ser algo que não controlo, acho que a lógica de não ter aprendido nada não se aplica, o que acontece mesmo, é que as pessoas, as vezes, simplesmente não se importam mais.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Quando o dia começa com ares sombrios e negativos e mesmo assim, dá-se um jeito para conseguir o que é necessário para seguir em frente, isso sim que eu chamo de vitória.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Pensar num lugar onde eu nunca estive, ver pessoas das quais eu nunca conheci, andar em gramados dos quais o verde eu nunca contemplei. Onde estão as margaridas do inverno que eu esperei com tanta perseverança? Nada sei sobre as margaridas, preciso de uma nova espécie que me fascine, como as margaridas já não mais fascinam como antes. É aquele momento em que eu preciso voltar a andar sozinha, penso as vezes que eu era mais feliz, quando pensava só em mim.
Não precisa de muito pra me fazer desabrochar num sorriso. Não me venha com um flores se não pretendes que me sorriso permaneça, não finja intenções fortes, sentimentos maduros, se não os deseja.

terça-feira, 12 de junho de 2012

about last night.

Um fardo. Sentimentos são um fardo que precisamos carregar. Em momentos felizes são uma leve carga, cheia de emoção, fazem nos sentirmos leves e alegres com o que somos e o que queremos ser. Outros momentos te encaminham pro fundo, não sei do quê, não sei de onde, me sinto perdida quando esses momentos chegam, por favor que não cheguem mais. Cada um tem o fardo do qual tem coragem de carregar.

domingo, 10 de junho de 2012

Queria dizer todas aquelas palavras que outrora saiam quase que sem pensar, sem nenhum medo, não tinha motivo algum pra esconder. Gostaria que o tempo fosse querido comigo pelo menos alguma vez. O futuro, como me mostra o passado, é cíclico, primeiro momentos felizes, depois um poço de amarguras... Chego a pensar como nunca na minha vida ousei pensar: vale a pena a felicidade se depois tenho que passar por tudo isso? Queria respostas, queria conseguir fazer as perguntas certas. Agora não sei mais o que eu quero.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Não posso pedir compreensão, nem mesmo eu a tenho, não me entendo, não me limito, tento não fugir do que eu sou, nem do que eu pretendo ser. As vezes é como se tivesse um balão inflado na minha garganta, que me impedisse de falar, de expressar dores, simplesmente anulasse aquela parte de mim que eu tenho vergonha, e que fechada só pra mim, me faz tão mal. Se fosse simples todos seriam felizes, se todos se esforçassem, teríamos menos problemas, seriamos maiores, teríamos mais coragem. Mas por quê?

terça-feira, 29 de maio de 2012

Sou a minha própria vilã, prefiro não cansar o mundo com as minhas ações. Se elas são contra ou a favor, diz respeito a mim, eu me mato e me ressuscito todos os dias. Dependo de mim, e da minha atração por viver o dia, ou o dia, me atraindo para um nada sem sentido, e assim eu moldo o que vai ser, a alegria ou a abstinência. Hoje é correria, logo encontrarei a alegria, pra esquecer de vez a abstinência, e, ela é tão minha, que caso eu compartilhasse ela com o mundo, voltaria pra mim.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Nos meus sonhos, determinadas situações seriam consideradas piadas de mal gosto.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Escolhas.

Por toda a vida e mais um período de tempo, buscamos decidir o que será melhor na nossa breve existência. Nossas decisões se refletem na pessoa que nos tornamos, na nossa essência. Cada passo, uma novo sim ou não, um  novo horário um novo lugar. Ao contrário do que é dito, não se pode dizer quem somos, analisando as pessoas que convivemos, nem o que ingerimos, nossas decisões, essas sim, podem dar uma base da pessoa que somos, ou que pretendemos ser.
Tudo o que queremos é um objetivo, pra poder pensar numa decisão mais adequada pra nossa vida. Ter um rumo, pra poder direcionar nossas escolhas. Pra no fim do dia, deitar a cabeça no travesseiro e dormir em paz.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Enfim, tranquilidade.
Posso dizer que busco amor, conhecimento, qualquer outra coisa que eu realmente almeje, mas o que eu mais desejo é tranquilidade. Tranquilidade de ser, estar, pra que todo o resto, que não é menos importante, também seja possível. Aprende-se com o tempo, e sabendo lidar com ele, podemos tudo.


quinta-feira, 10 de maio de 2012

Posso continuar dizendo tudo sobre essa cidade e esse estilo de vida, posso tentar colocar em palavras tudo que eu sinto novamente. Nada vai anular o fato de que, na verdade, o que esta me matando são os altos e baixos, a falta de estabilidade.
Falta tudo, acho que eu não tenho psicológico pra ficar aqui.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Preciso daquela confiança que outrora era comum, era simples. Preciso entender que o mundo é um lugar hostil, com pessoas hostis, com atitudes mais e mais cruéis. Quero voltar a ser a menina confiante que quando começou a escrever, escrevia sobre a vida e como gostava/aproveitava a mesma. Começar a escrever sem medo de que tenha que parar novamente no meio porque as lágrimas atrapalham a visão. De uma garota razoavelmente forte, feliz, confiante, vejo-me como uma alma despedaçada pelo tempo, cicatrizes desses tempos, de amor, sem o amor, de sorrisos forçados, de coração machucado.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Quando você percebe, parece que é pior do que é na verdade, mas com certeza, você não tem como provar nenhum dos pontos. Consciência é tão relativo que é algo desconsiderado como argumento, pelo menos eu não conseguiria considerar, pelas falhas do raciocínio humano, pela consideração grande demais em certos pontos e mínima em outros. Com a minha linha de raciocínio, com a minha percepção, as conclusões são enlouquecedoras.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Palavras bonitas me ferem profundamente. Pede-se um tempo pra que a razão volte e o coração não mais sinta. Um pequeno intervalo entre minhas lágrimas, um breve soluço. As palavras me invadem como uma doença desconhecida, que não se sabe a cura, porém sabe-se a causa, esconde-se a causa, ignora-se ela. Palavras bonitas tem prazo de validade, fazem muito efeito em determinado período, depois apodrecem.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Naquele momento em que eu percebi que não existe aquele final de dia do qual eu tanto almejei, juntei minhas tralhas e sumi. Sumi por aqui mesmo, sumi sem ir embora, sem me despedir, sumi de mim, simplesmente deixei aquelas atitudes, aqueles pensamentos, aqueles sentimentos, e continuei ali, para nunca mais.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Já não consigo mais dormir tranquilamente. Fecho meus olhos e essa atitude parece forçada, tento respirar de uma maneira ritmada e fico sem ar. Sabe-se lá como, dormir tornou-se um martírio, que eu almejo muito. As vozes sobram ao meu redor, cada vez mais distorcidas, com a frequência mais estranha, cada vez mais distantes. A falta de atenção, o excesso de sono, café e remédios faz-me uma marionete torta e desajeitada, sempre arrastando os pés, como se minha condição me encontrasse nesse momento, e soltasse uma daquelas gargalhadas que ecoam na minha cabeça. Uma brincadeira de mal gosto, alias, mais uma delas, das tantas que andam acontecendo.

domingo, 15 de abril de 2012

Eu voltei porque a melhor e a pior parte de mim tinham ficado pra trás. Voltei porque não tinha mais sentido e o mundo era sem graça sem o seu sorriso. Era como andar e nunca chegar a um destino, pois eu ainda não sabia que esse era você. Achei por muito tempo que a falta ficaria pra sempre comigo e com o tempo, eu veria que não era falta, era só saudade de um tempo bom. Nunca entendi bem o que aconteceu, mas tudo ficou muito mais colorido quando você apareceu, e desse tempo de ausência eu mal me lembro. Mal me lembro como chorei, como descontei o contável em todos, isso ficou pra trás, só consigo lembrar do seu sorriso, aquele que me fez ter vontade de levantar, de continuar, lutar, e principalmente, te ver mais um dia.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

A parte da evolução foi deixada de lado, coisas banais, pessoas desinteressantes, assuntos irrelevantes. E mesmo que exista alguma evolução, acontece aquele inconveniente aspecto de foco, sabe, quando as pessoas se focam demais em um assunto e não saem mais dele?
Acontece que as pessoas são tão cansativas, tão inúteis que a melhor parte delas é quando estão longe, sem falar nada, simplesmente existindo, ou nem isso. As vezes é melhor calar a boca e ir embora, fui.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

O que eu escrevo transmite uma incerteza tão absurda que muitas vezes eu me confundo. Não pode traduzir-se isso como uma indefinição nem como falta de decisão da minha parte. Trata-se apenas de um asterisco, a parte em que eu prefiro deixar em aberto, que eu tenho necessidade de que fique em aberto, pra que eu possa enxergar por mais de um lado, ou simplesmente é a minha covardia.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Mais fácil que pensar, só deitar, dormir, e esquecer... e dormir. E tentar recuperar a lucidez pela manhã.
A rotina retorna em tudo, horários regulados, material separado, as mesmas pessoas, as mesmas cores, o mesmo tipo de cansaço. A mesma paranóia, a mesma dificuldade, aquela mesma parte de mim pedindo socorro, pedindo espaço, espaço que eu consigo me privar, mas penso que não é, necessariamente, o certo.
Não entendo, mas penso mesmo é que não quero entender. De certa forma, tudo perdeu a forma e eu enxergo em cores, como se eu estivesse simplesmente sem óculos, forçando a entender, sem ao menos conseguir distinguir a forma entre o claro e o escuro.
Essa forma automática de ser, de ir, vir, faz tão mal quanto as batidas desreguladas do coração.
Eu tenho um coração machucado, cansado de machucar, cansado. Querendo logo essas cicatrizes, querendo que sare, que fique tranquilo, bem, forte, que finalmente entenda essa minha maneira estranha de amar.

terça-feira, 20 de março de 2012

Viver por um sonho, por mais que seja bom, "motivante", cansa.

segunda-feira, 12 de março de 2012

suspiro

A simplicidade nunca entendeu muito bem meus sentimentos. Posso realmente dizer que se fosse fácil, simples, prático o sorriso nunca se desfaleceria da minha face, minha bochechas estariam sempre contraídas, viveria de forma que o mundo não deixasse de notar a felicidade transparente, aparente, faria questão de espalhar.
Entre sorrisos semi-cerrados e lagrimas contidas, forço-me cada dia a complicar ainda mais o complicado, quando tentei simplificar complicou-se, tentar o inverso é uma opção. Viabilidade nunca foi o forte da minha vida, acho que apesar do exagero que obrigo-me a ter, o mundo sempre conspirou, sempre conspira-rá, e eu continuarei buscando a calmaria, a simplicidade que faltava nos surtos descabelados que, periodicamente vem acontecendo.

quinta-feira, 8 de março de 2012

As voltas, os contornos e as curvas já não tem muita importância, o que vale é continuar no caminho que lhe for mais conveniente.

terça-feira, 6 de março de 2012

Quem dera poder chorar a vontade e não me machucar com as minhas lágrimas. Fosse possível enterrar as mágoas e plantar tranquilidade em cima. Mesmo com a consciência em paz, a dor é mais forte que qualquer motivação externa, as internas não existem mais. Um espaço de tempo foi engolido, agora ele se retrai, se contorce se expreme dentro de mim, me engole por inteiro.
O dia mais triste do ano é o dia do meu aniversário?
Quando eu voltar a viver, aviso todo mundo e faço uma grande festa.

desculpa/obrigada amo vcs

sábado, 3 de março de 2012

Pedi amor, não companhia.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Acreditei por algumas horas nas falsas possibilidades que me enchiam de esperança. De que eu preciso delas, senão pra me frustrar e sofrer ainda mais, quando elas se forem novamente? Quero verdades limpas, sem traços de omissão, aquelas que de tão lindas me tiram o ar e me elevam de toda essa enganação. Quero fechar os olhos e perceber que mesmo fazendo isso, ainda posso seguir em frente, sem ter de conferir se estou sozinha, sem precisar abrir os olhos a cada cinco segundos. Dormir tranquila, sem pesadelos reais que me assombram durante todo o dia.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

"O chão estava tão longe que quase não conseguia distingui-lo através das névoas cinzentas que turbilhonavam a sua volta, mas podia sentir que caía muito depressa, e sabia o que o esperava lá embaixo. Mesmo nos sonhos, não é possível cair para sempre. Sabia que acordaria um instante antes de atingir o solo. Sempre se acorda um instante antes de atingir o solo.
E se não acordar?, perguntou a voz.
O chão estava agora mais perto, ainda distante, a um milhar de milhas de distancia, mas mais perto do que estivera. Ali, na escuridão fazia frio. Não havia sol, nem estrelas, apenas o solo, que subia para esmagá-lo, e as névoas cinzentas, e a voz sussurrada. Desejou chorar.
Não chore. Voe."
pg 119.

Não enxergo sua razão, seus sorrisos nem seus lamentos, quero aquele amor que tive por algum tempo, uma forma de tornar real aquilo que ficou, escondido no relento, que me fez chorar aos quatro ventos. Quero saber seus motivos, encontrar uma razão pra esse sofrimento, que não me trás nada a não ser a amargura que tentei enterrar e me livrar sem muito a pensar. Preciso mais do que toda consideração sem ter alguma, pois a necessidade é inimiga da minha realidade. Tudo o que restou foram aquelas flores que cresceram onde eu coloquei o amor que eu tinha, que murcharam depois de um dia, mas sempre retornam a desabrochar e a chorar, como no primeiro dia.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Som alto, uma nuvem de calor inundando o lugar e a carteira de cigarro em filtros no cinzeiro. Aquele sentimento solitário de que as decisões foram mal tomadas e que o café esfriara rápido demais. Pelo chão as lembranças de ontem, as fotos de outrora, todas aquelas partes que juntas poderiam transformar-se em uma vida. Indaguei-me, sem entender perfeitamente o porque de toda aquela loucura, sem conseguir raciocinar de forma clara sobre a atmosfera de ontem e a de hoje, ficou quase como inseparável. Os sentimentos passados, com o ar pesado de hoje, quase como em um sonho em que os lugares são trocados, como se eles fossem reais.
O Sol brilhava lá fora, mas o frio me invadia, sem ser invasivo, era quase que adsorvido pela pele.Tentava justificar o injustificável com frases claras, porém sem sentido, aquilo só me confundira mais, e tomara mais do meu tempo do que eu imaginava.
Enfurecia-me aquela incerteza, tornava-me um ser incompleto e incompreendido, uma aberração sem fundamento, sem base. Eu precisaria voltar a ser observadora e catalogar o restante que me tem ao redor. Talvez juntar os cacos de lucidez que ainda me restam e transformá-los numa loucura possível, que me salvasse da monotonia irritante dessa falta de rotina.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Dediquei-me tanto, aquela dedicação que quando se trata de dois, e só um tem, cansa, entristece. Quando isso acontece, quando não me sinto mais necessária na vida de alguém, é a hora de dar tempo ao tempo. O tempo não cura nada, mas faz as pessoas pensarem, caso assim for e eu continuar desnecessária, acontece, é a vida, triste e ingrata vida.
As palavras por vezes me escapam, elas ficam brincando comigo, se escondendo nas minhas ações. Palavras não se fazem necessárias em certas situações, é mais fácil não usá-las. Acredito que dizer algo ou agir de forma que dê a entender é a mesma coisa, e eu já entendi muita coisa.
Cansei de tentar reatar laços que não existem, de abraçar algo que não me pertence, de achar que a felicidade que em mim habita é pura.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Foi simplesmente um sonho mal rodado com uma péssima direção, senti que as lágrimas poderiam estar rolando em meus olhos, mesmo que dormindo. Um tanto quanto inusitado, acordei num susto, mas precisei somente de um abraço pra ficar mais tranquila.
O passado por vezes invade os sonhos, como se fosse possível voltar atrás de tudo que fizemos, como se fosse possível esquecer porque tudo que tenho hoje aconteceu dessa forma. Os sonhos enganam, por vezes, acho que é pra repensarmos tudo que fizemos, e ver se foi feito da maneira certa.
Não é possível que um sonho acabe com os defeitos que corrigimos com o tempo.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Me pergunto, faz sentido?
Continuo me dedicando, é tudo o que eu tenho.
Vale a pena?
De verdade?

domingo, 8 de janeiro de 2012

Espasmos e uma noite sem razão
Um copo vazio,
Mente cheia,
E só desilusão.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Quando eu esperei ajuda, foi quando eu quis que ela não viesse, esperava pois tinha minhas desculpas, não queria pois as pessoas costumam fazer mais mal do que bem.
Ficava a espera de que o mundo arrumasse tudo, mas quem faz ou não faz as coisas somos nós, não o lugar onde vivemos. Queria que o tempo acelerasse, e quando eu percebia que havia passado muito tempo implorava pra que fosse ontem novamente. Tinha minhas razões infundadas pra quase tudo, defendia minhas mentiras mais fortemente do que minha própria vida, pois nesse ponto, eu já não tinha muito a oferecer.
Amava incontrolavelmente a existência de outra pessoa, sem saber expressar uma simples cortesia, sem dizer uma única palavra bonita, o que me saiam eram ruídos grotescos. Sofria, pois nada era como eu queria, sofria pois via que meu sofrimento era como minhas palavras que nem pra mim faziam algum sentido.
Como mudar minha real situação? Se que de certa forma ela pode ter sido distorcida, sem querer posso ter distorcido detalhes, as vezes até o contexto inteiro.
Simplesmente de hora pra outra, acordo como se fosse outra, todos os meus desejos mudaram, minha ideologias falharam, criei outras, não discuto, não espero, não ouço, não e não. Aquele diferença que nem uma grande separação ou término chega a ser comparável.
Não é vontade de chorar, é a vontade de ter vontade, chama-se preguiça pra alguns. No meu caso uma impossibilidade psicológica, aquela que mudou tudo e deixou tudo como estava, porque eu simplesmente não posso ser ninguém, minha cabeça está acabando com a minha identidade ou impossibilitando que eu crie uma.
Um psicológico conturbado, cheio de dúvidas e medos, sendo que não sei do que tenho medo, nem entendo nada o qual eu consiga perguntar.