quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Era como um sonho, tudo acontecendo de novo. Eu falhando, hesitando, as palavras presas na garganta. Parecia que mesmo com todos os anos passados, todas as lições, todos os aprendizados da vida, a escolha que melhor se encaixava era sempre aquela mesma de fugir, de parar, de se esconder. Aquela mais dolorosa, que de alguma forma nunca entendi, porque sempre buscar o escapismo mais fácil, mas a escolha mais triste, aquela que futuramente pode ser uma decepção sem tamanho, que talvez eu nunca me perdoe. Anda difícil ser eu, cada dia lutando com essa falta de tato, com o não saber lidar com as situações, com aquela brilhante forma de mostrar quem sou, e não ser aceita. Malditos escapimos, que de mim me tornam pior. Mesmo sempre tentando buscar o melhor, da primeira decepção, a fuga é o que parece o sensato, sempre pareceu. É muito medo, de me decepcionar, decepcionar pessoas que nem sabem quem eu sou de verdade.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Acordei com o inferno nos olhos, sem saber como viveria mais um dia. Contei os passos, anotei as curvas, desviei do piso quebrado. Eu vi por entre os dedos, por entre a tristeza que me consome nesses dias, uma bela flor que desabrochava perdida, cansada, desanimada. Entendi uma flor, me identifiquei, olhei suas cores meio cinzas e chorei...