segunda-feira, 30 de maio de 2011

Do caderno, num dia muito distante de hoje.

Meu corpo pede mais trabalho, minha alma pede mais amor, eu quero mais que felicidade. Quero a loucura do mundo, dos seres ingratos, do concreto excessivo e da falta de lógica que tudo isso me transmite.
A vaidade faz a sociedade um grupo de idiotas, grande objetivo de vida, ser para outro seres, ser para se ver, ser para viver. Enquanto eu tenho meu mundo, com minha insanidade, minha loucura, minha felicidade, eu não preciso da opinião alheia, mas isso é tudo que "vocês" tem.
Meus olhos estão abertos ao mundo, eu tenho vontade de destruir tudo, toda essa mentira, enganação, toda essa merda que a sociedade critica, mas insiste em não fazer nada. Ninguém precisa de nada pra se apoiar, eu sou o meu mundo, você pode ser o seu, seu deus é você, deixa de lado toda essa hipocrisia de que você se importa mais com uma crença do que com você.

terça-feira, 24 de maio de 2011

A noite

A madrugada, o céu, a vermelhidão. Não sei se a claridade da noite é o fim dela ou sua beleza. Nesse horário, parece que o céu exerce uma força tranquilizante sobre mim, não é o sono, nem o cansaço, acho que se trata de inspiração, vontade de viver. Meu sono é muito invertido, sim, mas não por dormir até tarde ou por uma insonia forçada, eu gosto da noite, e da sensação de estar tudo calmo, da neblina fria, da embriagues impregnada no escuro. Gosto de pensar que agora a maioria dorme, uns ouvem música, fazem trabalho, outros ficam viajando como eu, pensando na condição que se encontram e tentando entender porque o sono não vem e porque parece tão fácil pras pessoas deitar e dormir.

Achados e Perdidos.

Achei que a partir de agora seria fácil, que eu não me importaria mais com as lembranças, boas ou ruins, que um dia me atormentaram. Pra ser sincera, nessas horas, a gente sempre pensa que vai ficar tudo melhor, vai cada vez mais pra cima, nem percebe que quanto mais alto a gente vai, mais distraido a gente fica. O caminho até o fundo é mais doloroso. Cair é mais fácil, o meio do caminho machuca as mãos e cansa o cérebro. Ficar no fundo é fácil, as vezes a gente até tenta cavar mais fundo, pra ver se pode encontrar um caminho mais fácil. Não olhe pra cima, o caminho é maior, em vez de tentar sair da lama, eu fiz uma casinha lá.

Perdi a oportunidade de ser uma música, perdi a chance de ficar ecoando por ai, fazendo as pessoas felizes, fazendo as pessoas dançarem, pensarem quem sabe. Perdi, no meio da floresta de pedra, a ponta da corda, tudo que eu tenho agora é um monte de nós sem começo e sem fim, que um dia eu vou aprender a desatar.

Não sinto minhas mãos, nem meus pés, sinto minha cabeça latejando, pedindo descanso, implorando um momento de paz. Quando eu falo comigo, eu peço pra eu parar de pensar um pouco, eu peço pra eu parar de falar comigo, pra eu parar de discutir comigo, peço, como uma criança um doce, o fim do martírio da minha cabeça.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Mais amor por favor!

Estamos todos protegidos, por uma cortina que cerca nossas vidas, controla nossas ações e distribui nossa atenção. É mais fácil viver sem moldar a vida em algo que não depende só de nós. E como fazer se já estava tudo planejado, se a vida estava resolvida? Se de repente, nada disso existe mais. Não existe lucidez, não existem certezas, só existe a dúvida e a inconstância.
As incertezas são como um chamariz para novas paranóias. Dúvida e medo, medo de que a dúvida traga a incerteza, a incerteza que você tem medo que seja realidade.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Linha de raciocínio interrompida.

A cada começo se espera uma novidade, a cada novidade se espera uma alegria e a cada alegria uma sequencia de alegrias.
Apesar de parecer simples, a simplicidade é vista de uma forma diferente por cada um. O que é ser feliz? Os porques me tomam tanto tempo que por vezes esqueço de viver, esqueço que pra continuar vivendo, eu preciso parar de pensar, por vezes, e assim poder encarar tudo de uma forma mais simples, ver o mundo e não pensar nele, viver o mundo e não analisa-lo, cantar pro mundo e não tentar adivinhar que canção ele quer ouvir.
A vida é curta, temo ficar por tempo demais sem interromper o grande emaranhado de pensamentos que enrola minha mente, por todas as horas.
Queria aqui, momentos que eu não vivi, que eu estava presente, que eu tive a oportunidade de tornar lembranças boas, mas o grande amontoado de pensamentos fechava meus olhos ao mundo, afastando de mim, a lembrança que eu não tive. Seria mais fácil de tantas outras formas, que lista-las seria ridículo.
Mais uma etapa, não precisa nada novo, o velho novelo só quer continuar sendo tricotado.