quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Possível

Decisões são difíceis, a gente imagina o certo, pensa numa solução pra chegar nele, briga com a consciência, chora, grita, ama, se perde, e esquece o que é correto pra nós mesmos. Um dia o certo é de uma forma, no outro o certo é o errado de ontem, e no fim a gente só quer ser feliz, e faz de tudo pra isso.
Pensa tanto que age sem pensar, na hora é só impulso, sempre é. Fica parada olhando tudo acontecer, esquece o que tinha que fazer, fica num canto pedindo ajuda, sem falar, só olhando, com olhos que imploram atenção, olhos de nervosia, de cansaço, aqueles que só quem conhece sabe.
Chega aquele momento que a impulsão é tanta que mesmo sóbria parece que a embriaguez tomou conta do corpo e da alma. Ou o momento que a depressão é tamanha que mesmo fazendo de tudo pra se levantar, os ossos não respondem, os músculos se retraem.
Fica nisso, por meses, por anos, e depois de tanto tempo nós não conseguimos nos habituar ainda ao tipo comportamento e de vida que convivemos.

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