segunda-feira, 27 de junho de 2011

Aquele sorriso.

Um sorriso bonito, inconstante, felicidade semi-forçada.
O que me atraiu naquilo, foi a vontade de sorrir, podia lhe faltar os motivos, podia realmente não precisar daquilo, mas estava lhe fazendo bem.
Era fácil pra gente esquecer tudo e viver com aquela realidade, a nossa realidade, era diferente do resto, diferente de tudo que eu conhecia. Pensar naquele sorriso, hoje pra mim salva momentos de crise e fazem com que o mundo de verdade já não exista mais.
É possível hoje, sorrir por nada, só com as lembranças, considero que quem não as tem deva se sentir incompleto, impossível conversar sem esse pensamento, os diálogos parecem infundados, os monólogos impossíveis.
Daria quase tudo por uma lembrança a mais, daquelas covinhas sorrindo pra mim, meio sem jeito, quase desajeitadas, querendo o mesmo de mim. Não existia o não retribuir, assim como não existiam motivos pra não sorrir. Só existiam dois sorrisos, em completa sintonia, aquilo era tão perfeito que parecia uma obrigação nossa para com o universo, aquelas que, caso não existisse, metade de tudo não faria sentido.

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